22 abril 2015

A gravidade na/da idade



Como os miúdos dão saltos de crescimento, às vezes, parece que, de um dia para o outro, também os mais velhos os dão, mas para baixo! E não falo só de altura mas lembro-me de um dia chegar a Madrid e achar que a Abuelita tinha definitivamente encolhido um bom pedaço.

Um dia, as mulheres alargam, a cintura, o "pandeiro". Noutro descobrem que têm «músculo do adeus» ou que de pé, na praia, têm umas meias luas no fim de cada perna e começo do rabo.
É a gravidade na idade. É a gravidade da puta da idade!
E assim impõem-se momentos de reflexão e de tomada de decisões. Sobretudo quando se aproxima o tempo quente... (até me arrepio).
No dia-a-dia a coisa ainda se remedeia. Ainda posso usar manga cava. Já só uso calções para ir à praia, de resto só bermudas. Os vestidos mínis já acabaram há um par de anos.
Quando chega o tema da praia já o tema pia mais fininho. Suponho que ou deixo de ir ou assumo que desci mais um degrau. Então devo mentalizar-me para me ver de corpo ao léu, expondo na praia a degradação do meu ... Como se faz para "cagar nisso"?
Deixar de ir à praia não deixo! Passar dos bikinis para o fato-de-banho resolve algo, alguns casos, mas nem todos...
Como "viro assumida"? Como me deixa de importar e aceito e ainda por cima me exponho?
Qual foi o vosso "esquema de pensamento" se é que já foram alvo do ataque da gravidade/degradação ou se é que pensaram nisso?

PS - E nem me quero lembrar nem falar da injustiça de género ... ...


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