ao estilo do Santo Oficio, como no filme que fui ver - "Os fantasmas de Goya" -
RENEGO
a linda calçada potuguesa.
Linda sim, mas não funcional. Nada!
Caminhei até ao centro de Cascais e regressei ao ponto de partida tendo ficado com os saltos das sandálias presos entre as ingratas pedras uma boa meia dúzia de vezes.
Não as rompi e não acabei descalça porque não calhou, apenas.
Dão-se cabo dos saltos, ficam arruinadas sandálias e sapatos. Não dá!
Não aderí às cunhas mas também não uso estiletes e não há pachorra para caminhar devar e concentrada para não torcer um pé numa calçada nunca, por nunca, horizontal.
São as raízes dos pinheiros e plátanos, são as eternas goteiras de telhados, beirais, troncos e ramos que tanto pingam em pedra mole que deixam os paralelipípedos descarnados e um perigo.
Este fim-de-semana em Zurich reparei que os passeios são iguais às ruas, ou seja, feitos do mesmo material (alcatrão, talvez...); têm somente uma cantaria qualquer que estabelece a fronteira entre os dois espaços e até o desnível que os diferencia é pouco acentuado (suponho que evitando assim problemas para as inúmeras ciclovias).
Digo-vos que, estéticamente, não fica mal, nada mal e funcionalmente falando, nem imaginam a diferença: abissal!
Os passeios parecem acabados de serem feitos, lisinhos que dá gosto.
Claro que não fui calcorrear a cidade de saltos mas uma repara nestas coisas... e hoje "na estapa do circuito de dificuldade especial" que percorri, lembrei-me, comparei e... perdemos!
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