20 março 2015

o D. e a Nata



(quando a acordamos da sesta ao chegar à tarde ao quarto do D)

no último dia da obra da cozinha, o único em que só houve um trabalhador em cena, a gata desapareceu. ao fim da tarde o H. estranhou ela não ter aparecido durante todo o dia e procurou-a nos locais do costume e depois por toda a casa, armários, prateleiras e cadeiras. nada! desaparecida em combate.
no dia de menos confusão conseguiu esgueirar-se para as escadas do prédio enquanto o carpinteiro ia e vinha.
quando o D. chegou disse-lhe que tínhamos um problema - a Nata desapareceu. e ele, nada. ou talvez tenha perguntado - de certeza?
não perguntou se tínhamos procurado bem, não disse que ia procurar de novo, não quis saber se alguém tinha andado pela rua ... nada. foi para o quarto e seguiu a sua rotina.
eu fiquei a pensar no assunto. sei que não foi o gatinho bebé para brincar que ele queria, mas não se negou, quis esta gata e fez por isso. claro que depois mal lhe liga. ficou "orgulhoso" quando ela começou a passar mais tempo no quarto dele mas não se lhe viu nunca emoção para com a bicha.
nós que tratamos dela (claro!) estávamos tristes embora eu visse logo o aspecto positivo da coisa em relação aos meus lindos sofás...
à hora do jantar - eu fora em trabalho - mandou-me uma sms a dizer que tinha aparecido. sem mais detalhe algum, fui eu que tive de perguntar: onde estava?! como deram com ela?!

é a adolescência? é porque não criou laços porque ela não brinca?
às vezes penso em como tem pais meio velhos, que lhe damos muita liberdade porque estamos nos nossos afazeres/hobbies, talvez ele seja assim meio desligado emocionalmente ou pelo menos não se exprima ...
foge de tudo o que é triste... histórias com que às vezes o "presenteava" nos meus discursos das "lições de vida" (sou muita chata!), filmes ... ...
preocupações de uma mãe que tem sempre que arranjar sarna para se coçar!

(a dormir ao meu lado ao serão no sofá)

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