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03 outubro 2014

Feira de S. Pedro de Sintra


aos 2º e 4º Domingos do mês
Há quantos décadas (já tudo é em décadas) venho a esta feira?! mas há muito que não vinha


Aqui comprávamos bom pão de Mafra/saloio, tremoços, alguma fruta e verduras para a semana depois de ter passado para admirar e babar com as coisas giras das lojas Pinhal e Alfazema. 

Todas as amigas tivemos toalhas com as letras de monograma da Alfazema, e muitas coisas do Pinhal.

Passear por aqui era sempre uma descoberta e um prazer mesmo que nada se acabasse por comprar mais do que umas pevides de abóbora

Para roupa havia umas 2 ou 3 bancas decentes, mas para isso era a de Cascais nos outros Domingos - 1º e 3º - na Praça de Toros


Este Domingo tive a dimensão da crise reflectida também nas feiras. Há um buraco enorme onde faltam feirantes. Eram os que vendiam fatos, camisas em sacos de celofane e em caixas rectangulares de cartão fino e também as cuecas e peúgas para os homens. Os que para as senhoras ofereciam as blusas floridas ou a clássica branca, com folhinhos ou botões douradas, nylonicas quase sempre e as saias travadas e a roupa interior.
Desapareceram muitos feirantes da roupa de domingo e para as ocasiões da vida mas também os das botas de lavrador, dos sapatos de carneira para as crianças (agora em todas as lojas finas) e dos sapatos de senhora - dos sensatos aos espalhafatosos de festa-  os que vendiam os coloridos alguidares, coadores, funis, passe-vites, "tupperwares", colheres de pau, facas, panelas e grelhadores e os dos lençóis bordados à máquina ou de flores em cor pastel e das mantas fofas e gordas


As velhararias desapareceram totalmente. Aqui desconfio que se mudaram para criar as feiras especializadas que temos por toda a linha de Algés a Cascais e creio que por Lisboa há também em vários jardins.


As bancas de roupa "dos ciganos" praticamente desapareceram. Espraiavam-se pelas ruas periféricas ao recinto da feira propriamente dita e não resta nenhuma! Um par delas resistem mas nesse recinto, entre os outros feirantes (normalmente não ciganos). Só vendem sweat-shirts e calças de treino, com apenas um tamanho por modelo e uma dúzia destes bem dobrados e ordeiramente expostos. Nada daquelas pilhas enormes de roupa onde era preciso mergulhar os braços e batalhar para descobrir tesouros no meio das peças esburacadas, com costuras tortas ou manchas de tinta.


Muitas lojinhas de decoração, móveis pintados para quartos de criança e velharias finas fecharam, mas essas já tinham um ritmo de abrir e fechar muito próprio.
Apesar de toda a mudança, eu sou uma mulher de feiras e esta é a do meu coração. uma manhã aqui vale sempre a pena



16 dezembro 2008

espanhois creativos face à crise

no Ikea de de San Sebastian de los Reyes (Madrid) transportadores free-lancer fazem concorrência aos serviços de transporte dos produtos fornecidos pelo próprio Ikea .
Se estes últimos levam 100€, por exemplo, os free-lancer levam 45€, mas como fazem vários por dia ...
... não estaría mal se também se oferecessem alguns para ajudar a carregar os móveis que se pretendem comprar - recordo a tarefa inglória do Pedro Rolo Duarte, porque a política do Ikea não permite ajudar o cliente que quer comprar mais do que as suas capacidades físicas permitem - ou poderíam também aparecer alguns outros a proporem-se para o trabalho de montagem de alguns móveis mais complicados...
mesmo em tempo de crise há nichos de mercado a explorar