28 dezembro 2006

in Diário Digital A felicidade Filipe Rodrigues da Silva «... O que a The Economist traz na mais recente edição é a temática da «Felicidade». Como medi-la? Que impactos tem a nível psicológico, social e económico? E aqui, nestas vertentes, no debates das mesmas, virá possivelmente o futuro. Com o mundo a crescer economicamente a um nível superior a 3% desde 2000 – a um ritmo que a manter-se trará a década de maior impacto nos últimos séculos -, a The Economist questiona se realmente o mercado capitalista, com tudo o que de bom traz e com os níveis de desenvolvimento que tem sustentado a nível mundial, estará a fazer bem o seu trabalho. Em termos muitos simples: Isso basta ao Homem? Somos mais felizes? Ou, em termos nacionais: A vida começa no Produto Interno Bruto (PIB) e acaba no défice? Ao ir-se para lá dos indicadores de confiança dos consumidores, fica a questão: é mais importante o PIB ou a noção de «boa qualidade de vida» ou de «bem estar global»? Há quem defenda a introdução de indicadores económicos capazes de medir estas sensações, criadoras de algumas leituras paradoxais – quanto melhor é o nível de vida, menos prazer parece retirar-se das coisas. Como se, ao ter-se oportunidade de ter ou gozar de alguns prazeres antes inacessíveis, estivéssemos a desvalorizar as coisas. Por vezes, os desejos e os sonhos, quando concretizados e vividos, tornam-se efémeros, menores, desinteressantes e incapazes de criar magia ou alegria. O dossier do The Economist sobre a temática estende-se por várias páginas. E é um convite à reflexão. Mas, sendo certo que o défice e o PIB não são tudo na vida, tê-los controlados e acrescidos do aumento da produtividade será sempre uma ajuda extraordinária para a melhoria da felicidade dos portugueses. Aos nossos leitores e colaboradores, os desejos de festas felizes, com os votos de boas despedidas de 2006. filipers@diariodigital.pt 24-12-2006 16:31:33 »

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